O sistema de pagamento para e-commerce é fundamental para atender as necessidades dos consumidores e do negócio. No primeiro semestre deste ano, 48,2% das compras feitas no comércio virtual brasileiro foram feitas à vista, 19,4% foram divididas em 2 ou 3 vezes e 32,4% divididas em 4 a 12 vezes. Os dados são do Webshoppers, relatório semestral do E-bit.
Em linhas gerais, é preciso oferecer as principais formas de pagamento disponíveis no mercado e garantir taxas favoráveis. No comércio virtual, o sistema de pagamentos é responsável por faturar as vendas, aceitar e permitir o gerenciamento seguro das mais variadas formas de pagamento, a exemplo do cartão de débito / crédito, boleto bancário, transferências eletrônicas, entre outros aspectos indispensáveis.
Neste post, vamos elucidar alguns pontos referentes ao tema, quais os principais sistemas e dar sugestões para facilitar a sua escolha. Acompanhe!
Quais as opções disponíveis?
Inicialmente conheça os sistemas mais usados:
Gateway de pagamento
É uma aplicação instalada da operadora financeira em um servidor remoto para a autorização de pagamentos. Geralmente, apresenta as principais bandeiras de cartões de crédito / débito, boleto, entre outros meios de pagamento em um só sistema. A confirmação do saldo, que dura de 2 a 3 segundos após o e-comprador clicar em comprar no website.
Entre as vantagens do sistema estão o maior controle das transações feitas bem como a facilidade na gestão e na adaptação do negócio. Alguns dos gateways permitem que o cliente possa pagar o mesmo pedido com dois cartões, evitando que o e-commerce perca a venda por conta de o cliente não ter saldo em um cartão.
O consumidor não precisa realizar um novo cadastro em outro site para concluir a compra, algo que poderia fazê-lo abandonar o carrinho. É possível antecipar os valores a receber, proporcionando maiores investimentos no curto/médio prazos. Além disso, é possível negociar taxas e tarifas conforme o volume de transações.
Intermediadores de pagamento
O e-commerce tem que se filiar às operadoras de cartões e bancos para conseguir receber. Quando o consumidor efetua uma compra, quem recebe, na maioria dos casos, são os intermediadores, que aprovam a compra e repassam o valor à loja. Ou seja, os intermediadores fazem a ponte entre as operadoras e o seu negócio.
Entre os pontos positivos dessa modalidade estão a variedade de bandeiras e formas de pagamento em uma só plataforma. Isso abre espaço para que mais clientes possam comprar. Em muitos casos, o intermediador não cobra pela taxa de adesão e faz uma análise antifraude, assumindo o prejuízo em casos de compras concluídas com cartão clonado, por exemplo.
Integração direta com operadora de cartão
Com a integração direta não há a presença do intermediador ou gateway. Quando o cliente finaliza a compra, o pagamento é feito diretamente com a loja virtual, sendo necessário apenas o pagamento de taxa administrativa das adquirentes.
A vantagem é que não haverá os custos operacionais das opções citadas anteriormente. A única taxa será a cobrada pelas administradoras de cartão. A loja consegue, por exemplo, negociar as taxas com as operadoras e antecipar valores com o banco.
A desvantagem é que o custo de implementação pode ser alto, uma vez que será preciso manter uma equipe para gerenciar essa parte.
Como escolher a melhor alternativa?
Alguns pontos são mais relevantes do que outros na hora da escolha do sistema de pagamento. São eles:
1. O repasse de valores atende as necessidades do e-commerce?
A prioridade de um sistema de pagamento é garantir a estabilidade da conexão e repassar os valores para o e-commerce no prazo definido conforme o plano. Daí a importância de avaliar se a proposta das soluções está alinhada às necessidades do negócio.
Por exemplo, um determinado intermediador determina um prazo de 30 dias para o repasse de 95% do valor de um pedido ou em 24 horas para liberar 80%. Será preciso, nesses casos, adaptar-se a essa condição, optando pela mais interessante.
2. Há total integração com a plataforma do e-commerce?
Como o sistema de pagamentos se comunica com a plataforma? Isso reflete a importância de avaliar a forma como a integração ocorre e sua velocidade de processamento. Trata-se de um item essencial, pois, se houver falhas, o consumidor pode não seguir adiante com a compra.
Também devem-se levar em conta itens como interface, com um painel de controle que precisa ser fácil de se lidar, intuitivo e com ferramentas acessíveis.
3. A solução permite uma gestão eficiente?
O módulo de gestão de transações é o foco do sistema de pagamento. É ele quem permite acompanhar o status das negociações, a exemplo da pré-autorização, captura, valores a receber, reconciliação, entre outros.
4. Oferece os principais meios de pagamentos?
Basicamente, o sistema de pagamento deve oferecer as principais opções de cartões de crédito / débito e transferências bancárias. É indispensável oferecer modalidades que se ajustem às necessidades dos consumidores.
Por exemplo, se o negócio quer se internacionalizar, deverá ter suporte para as moedas e cartões de bandeiras internacionais — além de bitcoins, atualmente muito popular — entre outras formas de pagamento com cotações em moedas estrangeiras.
5. Como é o atendimento / suporte?
Comece testando a central de atendimento e suporte para avaliar a qualidade e agilidade no esclarecimento de dúvidas. Verifique também se o sistema oferece ferramentas de gestão que permitam revisar o balanço da conta do cliente, entre outras informações pertinentes para a estratégia do e-commerce.
6. A opção é segura e investe nesse setor?
Um bom gateway / intermediador deve disponibilizar ferramentas automatizadas que ajudem o negócio a identificar e combater fraudes nas compras. O suporte precisa verificar operações suspeitas, alertar os gestores e oferecer ferramentas como o AVS (Adress Verification System). Este recurso ajuda a garantir que o endereço cadastrado é o mesmo da fatura do cartão de crédito do cliente.
7. Oferece recursos compatíveis com o que recebe?
As taxas podem variar conforme os serviços prestados e o volume de vendas. Contudo, é fundamental avaliar se o sistema de pagamento para e-commerce entrega aquilo que promete. Pesquise as opções disponíveis, se atendem as demandas e se o valor cobrado garante a sustentabilidade do negócio.