O e-commerce vai dobrar a sua participação no varejo restrito brasileiro até 2021 e crescer, em média, 12,4% ao ano. As projeções foram feitas pelo instituto de pesquisa Forrester em levantamento encomendado pelo Google para analisar o comércio eletrônico no Brasil.
Segundo o relatório, hoje o faturamento do setor está em R$ 47,1 bilhões, e ele tem 2,8% de participação no varejo, contando alimentos e bebidas (R$ 46,3 bilhões excluindo os dois segmentos). Mas, pela projeção do Google, a cifra deve chegar a R$ 84,7 bilhões em 2021 e abocanhar 4,6% do mercado (R$ 82,9 bilhões e 9,5% do mercado sem contar alimentos e bebidas).
Isso corresponde a um crescimento de, em média, 12,4% ao ano, com início de retomada já em 2017 (veja o gráfico abaixo). Também de acordo com o levantamento, boa parte do desempenho positivo se dará por conta da diversificação no tipo de compras, hoje dominado, principalmente, por livros e materiais eletrônicos, que correspondiam, em 2010, a 65% das aquisições online, segundo o estudo. Setores ainda em desenvolvimento no e-commerce, como roupas, calçados, beleza e itens alimentícios, serão mais procurados por consumidores a partir do próximo ano – o Google projeta que, em 2018, cerca de uma a cada quatro vendas feitas pela internet será desses segmentos. Hoje, eles correspondem a 11% das compras.
Eletrônicos e livros continuarão em primeiro lugar, mas representarão algo próximo a 52% do volume de transações. Assim, o Brasil tem grandes chances de sair do que o Google chama de “terceira fase” do e-commerce – na qual bens comparáveis, como itens de mídia, eletrônicos e livros, são os mais comercializados – para a quarta fase, de aquisição frequente de bens subjetivos (beleza e alimentação, por exemplo).
Internet lotada
De acordo com o estudo, o crescimento do e-commerce nacional ocorrerá, também, devido à quantidade de usuários de internet no Brasil. Hoje, cerca de 124 milhões de pessoas estão conectados à rede virtual de computadores – ou seja, 60% da população. Até 2021, o número vai aumentar 151 milhões de internautas e alcançar 71% do país.
Com isso, a faixa de idade mais propensa a comprar online no futuro será a de 25 a 44 anos, isto é, quem atualmente tem entre 20 e 39 anos.
Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br